Este ano é celebrado o centenário do primeiro planetário do mundo, aberto em Munique, na Alemanha, em maio de 1925. De acordo com a Associação Brasileira de Planetários, são cerca de cem em funcionamento atualmente no país, entre fixos e móveis, a maioria nas grandes capitais.
Para o presidente da Sociedade Internacional de Planetários, professor Guilherme Marranghello, um planetário é um grande aliado não só para trabalhar os conteúdos da astronomia.
Com experiência de quem foi diretor do Planetário da Unipampa, em Bagé (RS), por sete anos, Guilherme diz que levar estudantes para visitar planetários ajuda a ampliar o interesse e o encantamento dos jovens pela ciência brasileira.
“É comum as crianças saírem do planetário achando que o teto se abriu e que elas estavam olhando para o céu de verdade”, afirma.
A astrofísica Dinah Allen dirige atualmente o planetário do Parque do Carmo, aberto em 2005, na zona leste da capital paulista. Ela conta que já estava na faculdade quando visitou pela primeira vez um planetário, o do Ibirapuera, o primeiro aberto no Brasil, em 1957.
Doutora em astronomia e estudiosa da evolução das estrelas, ela relata que só aprendeu a ler o céu convivendo, dia a dia, dentro do planetário.
“Eu ainda não aprendi constelação por constelação, a gente aprende dicas, assim, caminhos no céu. Uma constelação, a partir de uma certa linha, vai chegar na outra”, explica.
A maioria dos planetários brasileiros tem entrada gratuita, como o de Bagé e o do Parque do Carmo, todos com uma programação especial voltada a visitas escolares.