A taxa de inovação das empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas ficou pouco acima de 64% em 2023, contra 68%, em 2022. Os dados estão na “Pesquisa de Inovação Semestral 2022: Indicadores Básicos”, divulgada nesta quinta-feira (20/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, feito em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, investiga o comportamento inovador das empresas.
O gerente responsável pela pesquisa, Flávio Peixoto, explica que a taxa de inovação aumenta com o porte da empresa. Em 2023, por exemplo, 73,6% daquelas com 500 funcionários ou mais apresentaram algum tipo de inovação.
“Então a gente a de um olhar mais diferenciado em relação às inovações tecnológicas de produto, de processos de negócios e as não tecnológicas. A gente entende como empresa inovadora uma empresa que no ano de 2023 lançou um produto novo ou substancialmente aprimorado ou um processo de negócio novo ou substancialmente aprimorado.”
O setor de produtos químicos liderou o ranking de inovação entre as atividades industriais. E um dos destaques foi o investimento em pesquisa e desenvolvimento.
“A gente vê um aumento na proporção das empresas menores, que sobe de 40,3% para 44,7%, e uma queda nas grandes empresas. Então, isso reforça que as pequenas estão relativamente investindo em PID, de uma forma mais intensa, digamos assim.”
Ainda segundo a pesquisa semestral, em 2023 mais de 34% das empresas consideradas inovadoras investiram em pesquisa e desenvolvimento. Na lista estão os setores de produtos farmoquímicos, químicos, de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, com taxa superior a 60%. E, para 2025, a expectativa apontada pelo IBGE é de que quase metade dessas empresas planeja elevar os investimentos.